Passaram-se quase dez anos desde quando o pequeno Alberione começara a cultivar a vocação sacerdotal. A luz inicial foi como uma semente fecunda que fizera raízes profundas, tornara-se uma plantinha, bem cuidada, e agora, após a poda, esperava o momento de manifestar toda a sua vitalidade.
Assim a Bonfante [depois diretora da escola em Cherasco] me contou e escreveu. Acrescentava que o pequeno Alberione "era muito feliz, apesar de um pouco acanhado”.
Catedral de Alba
A intervenção de Deus não se fez esperar. Na noite da passagem do século a glória de Deus envolveu-o de luz (cf. Lc 2,9), convidou-o, admitiu-o na sua intimidade, manifestando-lhe o seu amor, por meio do seu Filho presente na Eucaristia:“Amou-me e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20). Na intimidade daquele “Vinde a mim todos” (Mt 11,28), Alberione sentiu que toda a sua pessoa era envolvida, e teve assim a compreensão de muitas realidades eclesiais e sociais, especialmente das necessidades do tempo e da “verdadeira missão do sacerdote” (ADds 15). Nessa intimidade, o Mestre abriu-lhe a mente e o coração, associando-o a si para uma missão particular: “Pareceu-lhe evidente o que dizia Toniolo sobre o dever de ser os Apóstolos de hoje, usando os meios empregados pelos adversários. Sentiu-se profundamente obrigado a se preparar para fazer algo por Deus e pelos homens do novo século com os quais viveria” (ADds 15).
Após anos de trabalho e sofrimentos apenas superados, essa experiência de luz constituiu a fonte de um novo impulso, alegre e irresistível: “A Eucaristia, o Evangelho, o Papa, o novo século, os novos meios, a doutrina do Conde Paganuzzi sobre a Igreja, a necessidade de uma nova falange de apóstolos se lhe fixaram de tal modo na mente e no coração que, daí por diante, lhe dominaram sempre os pensamentos,
a oração, o trabalho interior, as aspirações. Sentiu-se obrigado a servir à Igreja, aos homens do novo século, e a agir com outras pessoas de forma organizada” (ADds 20).
Fonte: DFin 11ss
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