Iluminação sobre o tema (19-20 de setembro)
Vivemos uma fase de iluminação com três apresentações muito interessantes que orientaram nossa reflexão e iluminaram o tema do Capítulo.
A primeira foi a do Pe.
Lucas Peyron, sacerdote da Diocese de Turim, com o tema:
“Esperar
e anunciar o Evangelho na era das máquinas inteligentes.
Na era
digital, na qual nos perguntamos o que a tecnologia faz e o que ela desfaz, “a
grande vocação é ser humanos”, o que significa que as máquinas não podem
substituir o pensamento criativo, o diálogo significativo ou as relações entre
as pessoas. “A tecnologia revela a humanidade e levanta questões sobre o viver
e o agir, e nós temos algo bom e sério para oferecer: o Evangelho. Mas devemos
expressá-lo de uma maneira nova, de forma compreensível; esta é a operação
cultural que devemos empreender.” E ainda: “A inteligência artificial não é
mais uma tecnologia, mas um ambiente, por isso ela deve ser evangelizada… e
tudo o que humaniza, evangeliza.” Pe. Lucas concluiu com uma pergunta:
“Queremos outro mundo ou queremos algo diferente para o
mundo? Pois que ao encontrar-nos as pessoas encontrem também Deus que as salva
em seu nome”.
A segunda apresentação, com o tema Effatà, pela Ir. Jolanta Kafka, rmi.
A palavra
que Jesus usa para curar o surdo-mudo não diz “Eu te abro”, mas “abre-te”; este
“abre-te” abrange muitas esferas do ser humano… “Como é importante”, diz a Ir.
Jolanta, “para vocês que são, por carisma, mulheres da Palavra, que comunicam a
palavra escrita, lida, cantada, visualizada, tornada arte… Mas eu me pergunto
como podemos renovar-nos nesta necessidade de ‘abrir-nos’ para ouvir as vozes
da humanidade e do mundo; devemos aprender de Deus a comunicar como Deus.” E
orientou-nos, também em consonância com a experiência sinodal, a refletir sobre
a escuta: a escuta como ato de fé para discernir a voz do Espírito; a escuta
recíproca porque todos são chamados a falar com liberdade; escuta inclusiva:
escutar todos, sem exclusão; escuta orante e contemplativa, no silêncio e na
oração; escuta comunitária e discernente para compreender o que Deus pede à
Igreja hoje; escuta orientada à missão: escutar para caminhar juntos. A oradora
concluiu: numa assembleia chamada a prestar um serviço à congregação, Effatà é
uma palavra-chave para o discernimento… e tudo isso para retomar a missão da
Igreja, aquela de proclamar o Evangelho de Jesus Cristo… Aliás,
“a Igreja não tem uma missão, mas é missão” (Sínodo).
“A
formação Integral à luz do evangelho da esperança“,
Focou a
formação integral das Irmãs Paulinas: “O ponto central de todo o processo
formativo é a pessoa, com sua história de vida. A formação integral em todas as
etapas da vida é uma necessidade para o crescimento harmonioso no projeto de
Deus. Na formação à vida consagrada, é essencial aprender a formar-se a partir
da consciência da própria história. Isso significa olhar com coragem e fé o
passado de nossas vidas e encontrar a origem de nossas feridas, para
tornar-nos, nesse processo, responsáveis de nós mesmas, sem atribuir nossas
derrotas, frustrações, angústias ou sentimentos a outros. A formação integral e
permanente é um caminho de transformação, um laboratório de vida e para a
vida”. Com sabedoria pedagógica, Ir. Bernardita gentilmente nos convidou a
fazer alguns exercícios, permitindo-nos vivenciar a verdade daquilo que ela
dizia: a consciência do nosso ser e da nossa humanidade, e a convicção de que
“crescemos na medida em que nos relacionamos
com os outros, aprendendo a acolher, a cuidar e a oferecer calor afetuoso, mas
também a receber apreço, gratidão e apoio”.
Agora aguarda-nos a fase do discernimento sobre o futuro da
Congregação, para a qual continuamos pedindo suas orações, agradecendo a
proximidade e o carinho que sempre nos demonstram.
Ir.
Julieta Stoffel e Irmã Livia Sabatti
Ariccia, 23 de setembro de 2025
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