Dúvidas: "tormento espiritual"
Diante dos perigos e considerando a sua saúde, sempre delicada, Pe. Alberione se perguntava se realmente não seria “uma grave imprudência: reunir pessoas para uma missão, com forte perigo de abandoná-las na metade do caminho” (ADds 112). À pergunta: “Mera ilusão por tudo isto?” (ADds 113), havia sempre tido respostas de paz seja na oração, seja em algumas experiências inexplicáveis, seja, enfim, através da palavra do Diretor Espiritual que o ajudaram a superar todas as incertezas (cf. ADds 112).
"Sonho"
No momento decisivo de entrar na nova casa, esse “tormento espiritual” recebe uma confirmação extraordinária num “sonho”, que convence Pe. Alberione de que a Casa é obra de Deus. “A este sonho que deveria ter acontecido em 1923, e talvez nos primeiros meses desse ano, quando a sua saúde estava para sofrer a crise mais grave da sua vida, o Fundador atribuiu sempre grande importância, no sentido de que as palavras que dizia ter ouvido dos lábios do Salvador se tornaram para ele uma certeza e um programa de vida” (L. Rolfo, Don Alberione, Appunti per uma biografia, Edizioni San Paolo, 19983, p. 187).
No momento decisivo de entrar na nova casa, esse “tormento espiritual” recebe uma confirmação extraordinária num “sonho”, que convence Pe. Alberione de que a Casa é obra de Deus. “A este sonho que deveria ter acontecido em 1923, e talvez nos primeiros meses desse ano, quando a sua saúde estava para sofrer a crise mais grave da sua vida, o Fundador atribuiu sempre grande importância, no sentido de que as palavras que dizia ter ouvido dos lábios do Salvador se tornaram para ele uma certeza e um programa de vida” (L. Rolfo, Don Alberione, Appunti per uma biografia, Edizioni San Paolo, 19983, p. 187).
Naquela sala (o escritório que o P. M. tinha na casa S. Paulo nos primeiros anos em que foi construída), num daqueles dias em que não trabalho: o divino Mestre passeava e tinha perto dele alguns de vós e disse: ‘Não temais, eu estou convosco;
daqui eu quero iluminar;
somente, conservai-vos na
humildade...
e, parece-me,
humildade...
e, parece-me,
vivei em contínua conversão...’ ”.
Segundo Irmã Caterina Antonietta Martini, fsp, esta que ela chama “graça de confirmação” deveria ser situada no grave “momento de sofrimento”, que Pe. Alberione transcorreu em Benevello, onde tinha sido acolhido, desde julho até o início de setembro; ou, talvez, dever-se-ia pensar numa data anterior ao congresso eucarístico de Gênova, celebrado em setembro de 1923.
Testemunhos
Testemunhos
Temos alguns testemunhos que orientariam a uma data anterior esse “sonho”: são as declarações de Pe. Paolino Gilli e do Prof. Dr. Edoardo Borra, o qual conheceu pessoalmente Pe. Alberione desde os primeiros tempos da Casa. Pe. Gilli escreve: “Os pedreiros continuavam os trabalhos
para a conclusão da construção e adaptavam os locais segundo as exigências e as disposições do Teólogo. Não devemos deixar de dizer duas palavras sobre o lugar do Patrono da Casa, a Capela. Foi situada no terceiro andar, contando o andar térreo e o primeiro andar; no início da construção estava sobre o escritório do Primeiro Mestre. Não tinha nada de especial, bastante espaçosa e cômoda para as pessoas que ali viviam, bem iluminada por três janelas. Um simples altar de madeira em cima de um estrado, um pequeno quadro de São Paulo, do Sagrado Coração e de Nossa Senhora. Sempre limpa. Foi nessa Capela que, entrando uma manhã, vimos ao lado do Tabernáculo as duas escritas, com letras douradas sobre fundo negro:
para a conclusão da construção e adaptavam os locais segundo as exigências e as disposições do Teólogo. Não devemos deixar de dizer duas palavras sobre o lugar do Patrono da Casa, a Capela. Foi situada no terceiro andar, contando o andar térreo e o primeiro andar; no início da construção estava sobre o escritório do Primeiro Mestre. Não tinha nada de especial, bastante espaçosa e cômoda para as pessoas que ali viviam, bem iluminada por três janelas. Um simples altar de madeira em cima de um estrado, um pequeno quadro de São Paulo, do Sagrado Coração e de Nossa Senhora. Sempre limpa. Foi nessa Capela que, entrando uma manhã, vimos ao lado do Tabernáculo as duas escritas, com letras douradas sobre fundo negro:
Não temais. Eu estou convosco – Daqui Eu quero iluminar;
e, algum tempo depois, sobre o suporte do Tabernáculo:
Vivei em contínua conversão.
Pensamentos que o Teólogo, durante muitos dias, na meditação, nos explicou”.
Por sua parte, o Dr. Edoardo Borra, conhecido médico albense, deixou um testemunho de valor inestimável, durante o Curso de formação espiritual paulina, em Alba: “Pe. Alberione - afirma - recebeu-me numa pequena sala, que era o seu escritório e também onde dormia, porque tinha ali um divã de ferro... sobre o qual ele dormia. Nesta pequena sala onde me recebeu, havia também uma mesa e um pequeno armário. [...] Uma coisa muito importante: o encontro com a Capela. Era uma pequena sala. Havia o altar, com uma bela toalha branca e o tabernáculo, um pequeno tabernáculo, modesto, e uma velinha acesa. Só alguns genuflexórios, porque, em geral, se ajoelhava sobre o pavimento. Em todo caso, coloquei-me ali e vi uma coisa extraordinária que ficou gravada na minha mente. Sobre o altar, diante do tabernáculo, havia dois pedaços de cartolina, dobrados. Num estava escrito: ‘Não temer’; no outro, ‘Eu estou sempre convosco’. Esta frase, este princípio de Pe. Alberione, que estava escrito de modo muito simples, à mão, sobre um pedaço de cartolina, é aquele que, parece-me, agora está esculpido, em latim, ao lado do altar maior do Templo de São Paulo: Nolite timere, Ego semper vobiscum sum. Ora, todas as vezes que venho ao Templo de São Paulo não posso deixar de fixar aqueles dizeres porque me lembro justamente daqueles dois cartões, que se tornaram duas lápides magníficas, escritas em ouro etc., mas que têm o mesmo significado de então”.
Fonte: DFin 97,98
Fonte: DFin 97,98
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