Alberione reconhecia duas presenças providenciais, sobre cujas pegadas inserir o próprio ministério: Pe. Giovanni Battista Montersino e o cônego Francisco Chiesa.
Para o Pe. Montersino ele escreveu:
“Enquanto vou me aproximando das sagradas ordens, recordo o princípio da minha vocação, que procede das suas instruções, dos catecismos, dos exemplos de zelo pelas almas. Portanto, se tiver a graça de colocar para sempre a minha vida a serviço de Deus e consagrar as minhas fadigas para a sua glória e para a santificação das almas, devo isso ao senhor. Por isso, enquanto sinto a minha indignidade e o meu coração é inundado de profunda alegria, mitigada somente pela confusão do meu nada, bendigo a Deus por tê-lo posto, bom pastor, para iluminar os primeiros passos da minha vida”. (Carta de 26 de abril de 1906)
Com relação ao seu futuro, Tiago Alberione vê o próprio sacerdócio ligado à personalidade extraordinária de Francisco Chiesa. Este, de fato, não o desiludiu, como Pe. Alberione mesmo testemunhou no final da vida:
No momento da ordenação, Tiago Alberione tem na alma uma imagem grandiosa do ministério sacerdotal. Na homilia pronunciada no dia da sua primeira missa na igreja paroquial de São Martinho, em Cherasco, o jovem sacerdote citou o convite de Jesus:
“Venite ad me omnes” que o havia marcado profundamente na noite da passagem do século: “Graças espirituais:Jesus curou tantos enfermos, cosolou tantos aflitos, iluminou tantos duvidosos, fortificou tantos fracos (...) Vinde a mim vós todos que vos sentis afligidos pelas culpas ou pelos defeitos, ou pela perda de pessoas queridas, ou por desgraças materiais: vinde todos, todos que eu vos aliviarei e vos consolarei" (Q007).
Poucos anos depois (1915), comunicará em uma sua obra programática, Appunti di Teologia Pastorale:
“O sacerdote, portanto, não pode ser somente um homem que vive para si: não pode ter como lema as palavras: Eu-Deus. É absolutamente necessário que ele trabalhe para a salvação dos outros, que escreva sobre a própria bandeira: Eu-Deus-Povo” (p. 1). “O sacerdote não é, portanto, um simples sábio: nem é também um simples santo: mas é um sábio-santo, que se serve da ciência e da santidade para se fazer apóstolo, isto é, para salvar as almas” (p. 2). “Também os livros que tratam das qualidades e dos deveres dos eclesiásticos muito freqüentemente se delongam a tratar sobre o estudo e a piedade, muito pouco, ao invés, sobre o zelo. No entanto, o zelo é parte essencialíssima do sacerdote: é a finalidade à qual devem servir a ciência e a piedade; é como o distintivo do apóstolo.
É necessário, portanto, formar o zelo. Este nasce de um grande espírito de piedade que faz desejar intensamente a glória de Deus e a salvação das almas, e se serve da ciência sacerdotal como meio indispensável; enquanto que no seu exercício supõe que um sacerdote tenha os meios materiais necessários à existência, para dedicar todo ou quase todo o seu tempo às almas” (pp. 5-6).
Fonte: DFin 34-35
Fonte: DFin 34-35
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