Quarto flash – Como se comunica?
Línguas: Paulo falava o grego (At 21,37), aprendido em Tarso, sua cidade natal, e escrevia corretamente, como se vê nas suas cartas. O grego era a língua comum, a língua do povo das cidades. Falava também o hebraico (At 21,40; 26,14), língua na qual foi escrita a maior parte do Antigo Testamento e que se usava na celebração da Palavra nas sinagogas. Expressava-se, ainda, em aramaico, língua falada pelo povo da Palestina.
Linguagem oral: Paulo se comunicava de forma oral, como por exemplo, em Jerusalém, onde “pregava corajosamente em nome do Senhor” (At 9,28). Também “ falava e discutia com os judeus de língua grega” (At 9,29). Em Damasco, logo após a conversão, Paulo passou alguns dias com os discípulos e “logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus” (At 9,19-20). E diz o texto bíblico que os ouvintes ficavam impressionados. Em Listra, Derbe e arredores, “começaram a anunciar a Boa Nova” (At 14,6-7).
No areópago, em Atenas, faz o belo discurso, em que apresenta uma dinâmica especial de comunicação com o grande público: primeiro observa o ambiente e entra em contato com o público. Depois desenvolve o tema fazendo referência ao que viu, citando textos conhecidos para propor o próprio parecer. No final, provoca uma tomada de posição por parte dos ouvintes. (Cf At 17,16-34).
Linguagem escrita: Paulo não escreveu nenhum livro, nenhum jornal, nenhuma obra literária, mas escreveu algumas cartas para as comunidades ( aos romanos, coríntios, tessalonicenses, colossenses, filipenses, efésios, gálatas) e para os colaboradores na missão (Timóteo, Tito, Filemon). Estas cartas tratam da vida das comunidades e das pessoas.
Paulo usa o esquema normal das cartas daquela época:
apresentação do autor e dos destinatários,
saudação inicial,
desenvolvimento do assunto e
saudações finais.
De forma inculturada: por amor ao Evangelho, Paulo usa a técnica de comunicação dita empatia, ou seja, se coloca no lugar das pessoas com quem quer se comunicar. Eis o que ele mesmo diz:
“ Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse eu debaixo da lei (embora debaixo da lei não esteja), para ganhar os que estão debaixo da lei;
para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei, para ganhar os que estão sem lei.
Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me co-participante.”
(1Cor 9,20-23).
De forma itinerante:
Fez três grandes viagens missionárias.
A primeira, descrita em Atos, capítulos 13 e 14, dos anos 46 a 48 d.C;
a segunda, dos anos 49 a 52, descrita nos Atos dos Apóstolos, capítulos 15,39 a 18,22.
A terceira viagem apostólica de Paulo aconteceu nos anos 53 a 57. É descrita por Lucas em Atos, capítulos 18,22 a 21,16.
Fala-se ainda, da quarta viagem, descrita em Atos 21,17-28,16.
Para fazer a Leitura orante
Escolha um dos textos (flash) citados acima e responda às perguntas:
1. O que o texto diz? (Leitura)
2. O que o texto diz para nós, para mim? (Meditação)
3. O que o texto me leva a dizer a Deus? (Oração)
4. Qual o novo olhar que o texto desperta em mim? (Contemplação)
5. Que compromisso o texto me sugere? (Ação)
Oração a São Paulo Apóstolo
Ó São Paulo, mestre dos gentios,
olhai com amor para a nossa Pátria!
Vosso coração dilatou-se
para acolher a todos os povos
no abraço da paz.
Agora, no céu, o amor de Cristo
vos leve a iluminar a todos
com a luz do Evangelho
e a estabelecer no mundo o Reino do amor.
Suscitai vocações,
confortai os que anunciam o Evangelho,
preparai as pessoas
para que acolham o Cristo, divino Mestre.
Que o nosso povo
encontre e reconheça sempre
a Cristo, como o Caminho, a Verdade e a Vida;
busque o Reino de Deus e trabalhe em sua realização,
para que a sua luz resplandeça diante do mundo.
Iluminai, animai e abençoai a todos! Amém.
Esta oração foi composta pelo
Bem-aventurado Alberione,
durante sua visita ao Brasil, em 1946 ).
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