“Bom dia e bem-vindas! Parabéns! A nova madre geral foi eleita talvez ontem? Quando foi? Vamos rezar por ela.”
Em discurso, o Papa parabenizou a nova superior geral e também recordou que o momento é de celebração dos 110 anos de fundação do instituto que consegue reunir representantes dos cinco continentes, expressando "a universalidade da Igreja", já que a missão é difundida em 52 países do mundo "a partir das intuições proféticas do fundador, o beato Tiago Alberione, implementadas de forma intrépida pela cofundadora, a venerável Tecla Merlo". Um apostolado, continuou o Pontífice, dedicado a difundir o Evangelho por diferentes instrumentos e linguagens que "precisa ser renovado e revigorado, para que a paixão evangélica que as anima possa encontrar a melhor expressão".
O tema escolhido para o 12° Capítulo Geral, “Impulsionadas pelo Espírito, à escuta da humanidade de hoje, comunicamos o Evangelho da esperança”, disse Leão XIV, confirma que o anúncio do Evangelho "permanece no centro da missão". O Papa indicou, então, a necessidade de se "entrar na história concreta" para anunciá-lo, não de comunicá-lo com "informações genéricas ou verdades abstratas", mas "de acolher as perguntas e as inquietações suscitadas pela vida real, falar as linguagens das mulheres e dos homens do nosso tempo". Vieram, assim, duas recomendações de Leão XIV: "olhar para cima e imergir para dentro".
Olhar para cima e imergir para dentro
"Olhar para cima, para que possam ser impulsionadas pelo Espírito Santo. A vocação e a missão de vocês vêm do Senhor, não o esqueçamos. Por isso, o empenho pessoal, os carismas que colocamos em circulação, o zelo do apostolado e os instrumentos que utilizamos nunca devem fazer-nos cair na ilusão e na presunção da autossuficiência. É o Espírito o protagonista da missão, é o Espírito que nos impulsiona para a frente, multiplicando nossos talentos, restaurando-nos nas fadigas, aquecendo nossos corações quando a alegria do Evangelho esfria, iluminando nossos passos e oferecendo-nos intuições criativas, para que sejamos capazes de abrir novos caminhos para a comunicação da fé."
A segunda atitude, continuou o Papa, é imergir dentro das situações. Impulsionadas pelo Espírito, "vocês também são chamadas a imergir na história, precisamente na escuta da humanidade de hoje". Por isso, Leão XIV convidou a refletir sobre as obras ligadas ao apostolado e a necessidade de renová-las, "mesmo que exija escolhas corajosas e exigentes":
"Queridas irmãs, é um serviço precioso o que vocês oferecem ao mundo e à Igreja, trabalhando na produção editorial, no universo digital, na gestão das livrarias, nos projetos de rádio e televisão e na animação bíblica. Sei que os esforços para levar adiante essas múltiplas atividades às vezes são pesados, sobretudo porque as complexas situações atuais exigem uma formação profissional de alta qualidade que, infelizmente, às vezes se choca com o fato de que as forças, pessoais e materiais, são escassas. Mas não nos deixemos desanimar!"
Escutar a humanidade
Ao final do discurso, Leão XIV recordou o Papa Francisco para motivar a missão das Paulinas diante deste "inverno cultural e eclesial que estamos atravessando". Disse para não ter medo de arriscar, para olhar para o ardor e a alegria incansável de São Paulo em anunciar Cristo, mesmo em meio às dificuldades e perseguições: "deixem-se guiar pelo Espírito e escutem a humanidade".
“Vocês nasceram para comunicar a Palavra, mas é necessário que essa comunicação, transmitida no âmbito pastoral, seja também um estilo de vida comunitário. É preciso estar atento para que não haja separação entre o que pregamos e o nosso cotidiano. Só assim vocês serão fiéis ao método da integralidade desejado pelo seu fundador para toda a Família Paulina: Caminho, Verdade e Vida, Mente, Vontade e Coração. E, então, esta proposta unificadora, que parece profética em um mundo fragmentado, será coerente e credível.”