quinta-feira, 21 de julho de 2016

Importância de Giuseppe Toniolo na Família Paulina


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Quem foi Toniolo?
Giuseppe Toniolo nasceu em Treviso, Itália, em 1845. Casado, pai de sete filhos, professor universitário em Veneza e Pisa, distinguiu-se em um movimento de empenho social a que a encíclica Rerum Novarum de Leão XIII (1891) deu voz e incremento. Participando no que se chamava a Obra dos Congressos, Toniolo embrenhou-se, no clima cultural de seu tempo, para que os católicos estivessem presentes na sociedade civil. Participou, desde a primeira hora, na Sociedade da Juventude Católica Italiana , núcleo inicial da Ação Católica. Ele próprio fundou, em 1889, em Pádua, a União Católica para os estudos sociais, de onde surgirá, em 1893, a Revista Internacional de ciências sociais e disciplinares auxiliares, de que será diretor.

Teoria social de Toniolo
Toniolo elaborou uma teoria social, afirmando o prevalecer da ética e do espírito cristão sobre as cegas leis da economia. Nos seus numerosos escritos propõe inovações no mundo do trabalho: repouso festivo, limitações nas horas de trabalho, defesa da pequena propriedade, tutela do trabalho feminino e infantil. Defende também o valor econômico-social da religião, a favor de uma reconciliação entre ciência e fé. É sob o seu impulso que em 1907 surgem as Semanas Sociais Italianas.

Participação dos leigos
As iniciativas culturais promovidas agora, a propósito da sua beatificação, reacendem na opinião pública italiana o debate sobre a laicidade do Estado e a participação dos católicos na sociedade, assim como sobre a validade e a atualidade dos princípios fundamentais do magistério social da Igreja.
Faleceu em Pisa no dia 7 de outubro de 1918.

Influência de Toniolo na origem da Família Paulina
O bem-aventurado Alberione conheceu Toniolo, e ele mesmo disse como foi importante o pensamento do sociólogo na inspiração da Família Paulina:
Realizara-se, pouco antes, um congresso (o primeiro a que assistiu); entendera bem o discurso calmo, mas profundo e cativante de Toniolo. Lera o convite de Leão XIII para rezar pelo século que se iniciava. Tanto um como outro falavam das necessidades da Igreja, dos novos meios do mal, do dever de opor imprensa a imprensa, organização a organização, de fazer o Evangelho penetrar nas massas, das questões sociais...  Disse:
"Vagando com a mente no futuro  a ele (Alberione) parecia que no novo século almas generosas sentiriam o que ele sentia; e que, associadas em organizações se poderia realizar o que Toniolo repetia: "Uni-vos; se o inimigo nos encontar sós, nos vencerá um por um" (Abundates divitiae, 17).
Era muito claro a Alberione o que dizia Tomiolo sobre o dever se ser Apóstolos de hoje, usando os mesmos meios utilizados pelos adverários. "E se sentiu profundamente obrigado a preparar-se para fazer  algo pelo Senhor e pelas pessoas do novo século com as quais viveria"(AD 15).

O papa Bento XVI proclamou, no dia 29 de abril de 2012, o leigo católico italiano, Giuseppe Toniolo, bem-aventurado na Igreja

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