quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Santuário - A Família Paulina sob a proteção de Maria

A Rainha dos Apóstolos aguarda o Pe. Alberione para um encontro ainda mais empenhativo e profundo, durante a guerra de 1939-1945. Certo dia de grave perigo, surge espontânea em sua vida a promessa à Virgem, que deu origem ao santuário da Rainha dos Apóstolos em Roma.
Pe. Alberione o recordará no dia 8 de dezembro de 1954, dia do encerramento da dedicação do santuário à Rainha dos Apóstolos.
- "Diz a Escritura: 'Fazei votos ao Senhor, vosso Deus, e cumpri-os' (SI 76,12). Há cerca de quinze anos desencadeava-se a segunda guerra mundial, que causou inúmeras vítimas não só entre os combatentes, mas também entre os civis, entre o povo inerme. A família paulina já estava espalhada em diversas nações e compunha-se de numerosos membros, muitos dos quais temiam seriamente, dia e noite, a possibilidade de uma morte trágica.

Os sofrimentos e os temores de todos somavam-se no coração do Primeiro Mestre, o qual, tendo-se aconselhado, e cheio de confiança, graças a muitas experiências na bondade de Maria, interpretando o pensamento de todos, cercado do maior perigo, assumiu o compromisso:
'0 Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos, se salvares a vida de todos os nossos e as nossas, construiremos aqui uma igreja para glória do teu nome'.
O lugar da promessa é mais ou menos o centro da igreja construída e acha-se compreendido no círculo assinalado no pavimento e circunscrito com as palavras lapidares:
'No encerramento de dezembro de 1954'. Para maior precisão: Um dia, pelas 14 horas, as sirenas deram o alarme. Grande esquadrilha de aviões de bombardeio, avançando de Ostia para Roma, aproximava-se desta casa paulina. Todos, então, correram para os abrigos antiaéreos. Era a ordem, e todos os jovens e professos para lá se dirigiram.
O Primeiro Mestre quis verificar se tudo corria bem com as Filhas de são Paulo. Dirigiu-se para a casa delas, passando pelo atalho de então. Mais ou menos no meio do caminho, uma bomba caiu a poucos metros; alguns estilhaços roçaram-lhe a cabeça.
Maior preocupação ainda despertavam algumas irmãs indispostas que chegaram ao abrigo com dificuldade, amparadas por outras irmãs, e algumas que tiveram de ficar acamadas, embora assistidas com muita generosidade e caridade.
Passado o perigo, foi assumido o compromisso e determinado o lugar e o plano da construção: local da cripta, e a igreja dominando as casas, a fim de que Maria ficasse no centro, no meio de seus filhos e filhas. Terminada a guerra (5 de maio de 1945), sabendo o que de sacrifício haveria de impor essa igreja, empreendemos a construção em espírito de penitência e reparação.
“E tu, Maria, nos salvaste com uma proteção que tem algo de prodigioso. Desde o Japão até a França.
Eis-nos hoje a cumprir o que te prometemos: oferecemos-te, nossa Rainha, este modesto santuário, sede do teu trono. Cada tijolo representa o sacrifício de teus filhos e de muitos cooperadores, cujos nomes (também se desconhecidos dos homens) estão escritos nos registros colocados a teus pés, qual súplica e testemunho de fé. Lembra-te de todos, ó Maria". (CISP, 596s).

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